Como o design do texto melhora a comunicação da empresa com o cliente?

Você já percebeu que mesmo diante das inúmeras possibilidades oferecidas pelo meio digital, o texto ainda é uma das principais mídias utilizadas na comunicação das empresas com seus clientes? Quanto a isso, o próprio design do texto impacta diretamente na comunicação.

Isso acontece porque o texto, por ser visual, facilita a memorização das informações para muitas pessoas. Mas, se for mal explorado, ele não vai atingir o seu propósito.  Confira no artigo como o design do texto melhora a comunicação da empresa com o cliente.

 O que é Design do texto e por que devemos planejá-lo?

Você sabia que a forma como o texto é apresentado para o cliente interfere diretamente na sua eficiência? Se a fonte for confusa, muito pequena ou as linhas estiverem sem os espaços necessários, o cliente pode ter dificuldade ou até desistir de ler.

Ademais, se o texto utilizar uma linguagem visual inadequada ao seu público-alvo, ele provavelmente não será lido. E se essa linguagem estiver desconectada com a identidade e os valores da empresa, sua imagem pode ser distorcida.

Por isso, o texto deve ser planejado considerando fatores como: adequação ao público-alvo, objetivos da comunicação, meios de comunicação, dispositivos de acesso, facilidade de leitura, etc. Essa é a função do Design aplicado ao texto!

Objetivos de comunicação

A comunicação com o cliente pode ter diferentes objetivos como divulgar, informar, instruir e tantos outros. Para atender esses objetivos, cada um deles precisa de um tratamento visual diferente.

Um texto de divulgação de um produto, por exemplo, deve atrair a atenção e o interesse do cliente. Sendo assim, pode explorar fontes mais elaboradas, cores contrastantes, colunas com diferentes larguras, etc.

Já um texto instrucional precisa comunicar um procedimento de forma clara e precisa. Para tal, deve privilegiar um layout simples, fontes neutras e evidenciar a sequência das informações a partir dos espaçamentos e diferentes tamanhos de fonte.

Meios de comunicação e dispositivos de acesso

Somando-se a isso, o design do texto deve considerar as qualidades de cada meio de comunicação. Um flyer, por exemplo, é um material pequeno. Por isso, seu conteúdo precisa ser especialmente objetivo para que não ele se torne visualmente poluído.

Já um post de feed no Instagram pode ter até 10 telas no modo carrossel. Porém, cada tela comporta apenas uma pequena porção de texto. Assim, seu conteúdo deve ser enxuto e dividido em pequenos trechos que façam sentido individualmente.

Enquanto um blog, como esse que você está lendo, permite um conteúdo mais extenso. Porém, para ser fluído (e não cansativo) o texto deve utilizar estratégias como a quebra em parágrafos menores, uso de subtítulos e destaques.

Ainda, é preciso considerar que as pessoas acessam os conteúdos de diferentes dispositivos como desktops, smartphones, smart TVs. Assim, o texto se ajustar aos diferentes tamanhos e orientações de tela.

Esse é o princípio do Design Responsivo, que propõe um layout flexível e adaptável. Para isso, utiliza estratégias como alterar o tamanho da fonte, a largura e a quantidade de colunas, suprimir ou ocultar elementos, dentre outras.

Facilidade de leitura

Um dos principais fatores que determinam a eficiência do texto é sua facilidade de leitura, que está ligada aos aspectos tipográficos do texto. Ela se divide em dois grupos que se complementam: legibilidade e leiturabilidade (LUPTON, 2006).

A legibilidade é a capacidade de identificar cada letra, distinguindo-a das outras e do fundo. Por isso, está relacionada ao tipo e tamanho da fonte utilizada e ao contraste entre texto e fundo.

Já a leiturabilidade é a competência de ler frases e parágrafos de forma dinâmica, sem se ater as letras em si. Assim, sofre a interferência do espaçamento entre caracteres, entre linhas, entre parágrafos, tipo de alinhamento e uso de caixa-alta e caixa-baixa.

Uma das funções mais sofisticadas do design é ajudar os leitores a não precisar ler. Isso porque as pessoas costumam passar os olhos pelas linhas, em movimentos curtos entre um ponto de fixação e outro, ao invés de ler palavra por palavra.

Metaprincípios da usabilidade visual

Além dos aspectos tipográficos, o design do texto deve considerar alguns princípios básicos, dentre os quais se destacam: consistência, hierarquia e personalidade (SCHLATTER; LEVINSON, 2013).

A consistência tem a ver com a continuidade e a previsibilidade do texto dentro da página quanto ao tipo, tamanho, cor e peso visual da fonte (regular, bold, itálico, etc), e localização. Ela, portanto, evita confusões e reduz as chances de erro.

Por outro lado, a hierarquia diz respeito à organização dos elementos textuais dentro da página, para evidenciar a importância de cada um deles e orientar a leitura. Ela equilibra visualmente a página, atuado sobre o peso aparente dos elementos.

Enquanto a personalidade diz respeito às características do texto que afetam a impressão do cliente, baseado em sua aparência. Ela está diretamente ligada aos princípios da empresa e, por isso, deve estar alinhada com sua identidade visual.

Adequação ao público-alvo

Além disso, é necessário adequar a linguagem visual do texto ao seu público para quem ele se destina, aumentando assim as chances de engajamento. Crianças, jovens e adultos costumam se interessar por soluções visuais diferentes.

Da mesma forma, existem pessoas idosas ou deficientes visuais que tem dificuldade em enxergar fontes pequenas e daltônicos com problemas para distinguir determinadas cores.

Assim, para se comunicar a empresa deve conhecer os seus clientes. Portanto, podem ser aplicadas ferramentas como entrevistas e grupos focais, questionários, uso de dados de acesso a partir de ferramentas como o Google Analytics.

Todas essas informações e conhecimentos são articulados pelo Design, que atua na organização e apresentação do texto, de forma coerente e apropriada. Isso torna a comunicação da empresa com o cliente mais eficiente e agradável.

 

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Referências

LUPTON, Ellen. Pensar com tipos: guia para designes, escritores, editores e estudantes. São Paulo (SP): Cosac Naify, 2006.

NUNES, Juliane Vargas. Recomendações para o design de conteúdos educacionais digitais baseados em texto no cenário da mobilidade. 2017. 215 p. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Design, Florianópolis, 2017. Disponível em: https://bu.ufsc.br/teses/PGDE0146-T.pdf

SCHLATTER, Tania; LEVINSON, Deborah. Visual Usability: principles and practices for designing digital applications. Waltham: Morgan Kaufmann, 2013.

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