O que é avaliação de usabilidade e como ajuda o seu site a vender mais?
Uma importante propriedade de um site ou aplicativo é a usabilidade, ou seja, a capacidade de ser fácil de usar, eficiente e agradável – da perspectiva do usuário. Mas quando saber que é o momento de fazer uma avaliação de usabilidade?
- Se o usuário não consegue encontrar as informações que busca no site;
- Se tem dificuldade para realizar as ações que deseja ou
- Se sente perdido durante a navegação.
Se você identificou alguns desses itens ou ficou em duvida se o seu site ou app atende aos critérios de usabilidade, é preciso realizar uma avaliação.
O que é avaliação de usabilidade?
A avaliação de usabilidade permite identificar problemas e também potencialidades da interface. A partir desses dados é possível propor soluções que tornem a experiência do usuário mais agradável, aumentando o seu engajamento com o site ou aplicativo.
Existem diversos métodos para a avaliação de usabilidade, incluindo ou não a participação do usuário. A participação direta do usuário fornece dados mais autênticos e detalhados sobre o processo de interação. Contudo, a avaliação sem a participação do usuário é mais rápida e objetiva. Uma boa estratégia é combinar os dois tipos.
Um dos principais métodos de avaliação com usuários são os testes de usabilidade. Já um dos métodos mais relevantes de avaliação sem a participação dos usuários são as avaliações heurísticas.
Testes de usabilidade
Os testes de usabilidade têm o propósito de coletar dados a partir da observação de pessoas representativas do público-alvo do site, realizando tarefas típicas de suas atividades. Essa observação permite identificar aspectos que os usuários não conseguem verbalizar como barreiras no fluxo de navegação, títulos e rótulos confusos, botões mal localizados, dentre outros.
“A observação de poucos usuários interagindo com o produto tem mais impacto do que muitas horas de discussão”.*
Os testes de usabilidade podem ser realizados em qualquer etapa do projeto de um produto, avaliando desde protótipos até sistemas em uso. Porém, quanto mais cedo for aplicado, menor será a necessidade de retrabalho. O ideal é que os testes sejam realizados continuamente ao longo do projeto, acompanhando as transformações do mercado.
Esses testes podem ser realizados de forma presencial ou remota, com o uso de recursos de comunicação e de captura de tela para alcançar usuários fisicamente distantes. E, embora o número de participantes possa variar de acordo com a especificidade do produto, estudos apontam que 5 pessoas são capazes de identificar 85% dos problemas de usabilidade.
No entanto, é preciso ter sensibilidade durante a condução dos testes para garantir que o usuário se sinta confortável, sem interferir no processo de interação. Além disso, os dados levantados não oferecem respostas prontas, mas precisam ser interpretados. Por isso, o ideal é que o avaliador possua conhecimento e experiência na área para interpretar as ações dos usuários e identificar suas necessidades.
Avaliações Heurísticas
As avaliações heurísticas tem como objeto identificar problemas de usabilidade que provavelmente afetam (ou afetarão) a interação dos usuários. São realizadas por especialistas em usabilidade ou projetistas de sistemas, a partir de regras gerais que descrevem uma propriedade comum em interfaces usáveis, que são as heurísticas.
Essas regras são divididas em critérios mensuráveis, geralmente operacionalizados por meio de checklists. O checklist é um instrumento de medição com itens projetados para avaliar certos aspectos do design de interface com base no respectivo conjunto de heurísticas. Seus resultados podem ser usados para identificar problemas de usabilidade e inferir o grau de usabilidade do site ou aplicativo.
Dentre os conjuntos de heurísticas mais conhecidos estão os de Nielsen (1994), de Bastien & Scapin (1997) e as 8 Regras de Ouro de Schneidermann (1986), originalmente elaborados para computadores desktop. Com base neles foram criadas diversas listas de verificação para dispositivos específicos como tablets, smartphones e smartwatches; bem como para aplicações específicas como games, mhealth, etc.
Apesar de seus benefícios, muitas empresas ainda não aplicam a avaliação de usabilidade em seus produtos, seja por desconhecimento do tema, falta de especialidade da equipe de projeto ou falta de tempo.
Por isso, se você precisa avaliar a usabilidade do seu site ou aplicativo, entre em contato.
Referências:
NIELSEN, J., & LORANGER, H. (2007). Usabilidade na web. (E.Furmankiewicz, & C. Schafranki, Trans.) Rio de Janeiro: Elsevier Editora.
SANTA ROSA, J. G., & MORAES, A. (2012). Avaliação e projeto no design de interfaces (1 ed.). Teresópolis, Rio de Janeiro: 2AB Editora.
Doutora em Design pela UFSC. Trabalhou no design de conteúdos educacionais e como professora de design. Atuou por mais de 3 anos na área de usabilidade, como designer de interfaces e pesquisadora no GQS-UFSC.
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